Professor Mazza

Professor de Direito Administrativo e Tributário. Minha missão é o sucesso. 
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Escolha do Avatar: quem seria seu cliente perfeito?

Olá, tudo bem? Hoje vamos falar sobre: Escolha do Avatar: quem seria seu cliente perfeito?

Hoje nós vamos pro nosso encontro número quatro dessa nossa jornada da advocacia 707, são lives diárias, de segunda a sexta, durante todo mês de dezembro, porque temos um objetivo em comum, usar esse mês de dezembro para afiar o nosso machado, ou seja, para preparar a nossa ferramenta para que o ano que vem seja o ano definitivo, o ano da virada da mesa, o ano em que vai fazer sentido a gente advogar ou projetar a nossa carreira na advocacia para longo prazo.

 Esse ano foi um ano xexelento, 2020, não preciso nem entrar em detalhes sobre tudo que aconteceu. Esse ano foi muito ruim para advocacia em geral, também porque só fez aumentar a insegurança que nós temos em permanecer na advocacia, por causa da estabilidade financeira, fez aumentar a nossa angústia.

 Porque, sem ter estabilidade financeira começamos a entrar em desespero, como que vou pagar as contas no final do mês, como vou me sustentar e aí aquele nosso sonho que nos moveu até a faculdade de direito e que foi fundamental para nossa tomada de decisão, que foi de ter uma advocacia próspera, de exercer uma profissão reconhecida, de ter um bom escritório vai se distanciando na medida em que a gente não consegue se sustentar.

 Outra característica muito peculiar desse ano aqui é viramos babá de cliente, isso quer dizer que por causa da crise, da questão econômica o cliente está muito em cima e aí é difícil a gente separar o horário de trabalho e o horário que não estamos trabalhando, nossa vida pessoal, e acaba misturando uma coisa com a outra.

 Tem clientes que são a coisa mais insuportável do mundo, essa que a verdade, não adianta ficar “passando o pano”, quem tá acompanhando as lives desde segunda-feira sabe que eu não “passo pano”, eu falo olhando direto para você, porque se a gente tem um projeto de voar juntos na advocacia no ano que vem, não tem espaço para ficar fingindo que advocacia tem um glamour que não tem.

A vida real da advocacia não é fácil, é uma luta permanente para a gente conseguir pagar nossas contas no final do mês, já começa o mês devendo um monte de coisas, é muito difícil conseguir fazer retirada de caixa hoje e tem esse fenômeno do cliente e ninguém quer isso para sua própria vida, mesmo que tivesse uma boa remuneração.

 Eu fiz uma enquete hoje pelo meu Instagram a respeito de qual é o sonho na advocacia de cada um dos meus seguidores advogados, e eu tive a ideia de tentar tirar uma dúvida, que sempre foi uma dúvida minha, um negócio que está me martelando: ter uma altíssima remuneração, mas trabalhar muito ou se ela preferia ganhar o suficiente para se sustentar com dignidade, mas trabalhando menos, sabendo dividir o serviço da vida pessoal?

Nós fomos criados para abrir mão da vida pessoal, em certa medida, em favor da profissão, então desde cedo nós fomos criados com essa ideia: vocês vão casar (quem casa quer casa, ditado de antigamente), vocês vão juntar dinheiro para conseguir ter a própria casa, depois juntar mais dinheiro, ter o próprio carro, ralando 10, 12, 14 horas por dia e se precisar fazer viagens a serviço tem que ir, se precisar desmarcar coisas de lazer, tem que desmarcar, se precisar sacrificar um pouco a própria saúde, dormir menos, deixar de fazer exercícios, ter uma alimentação que não é tão adequada, tudo bem, afinal de contas nada é mais importante para minha geração do que o trabalho.

 Acontece que eu já sou um Tiozão, a minha geração não é a geração de vocês e muito menos a geração das minhas filhas, a concepção mudou muito, aliás, eu fiquei muito surpreso com o resultado. O que me surpreendeu, pela minha cabeça, se eu fosse votar na enquete, eu voltaria na primeira opção, com certeza absoluta, trabalhar muito, mas ter uma remuneração acima da média, uma remuneração que permitisse comprar casa, comprar carro e coisas assim.

Só que na verdade, isso não se confirma mais nas novas gerações, hoje as pessoas começaram a perceber que ninguém pode viver para o trabalho, que se você sacrificar, ainda que parcialmente a sua vida pessoal, você pode ser um péssimo pai ou você pode ser uma péssima mãe ou deixar a desejar como marido/esposa, como filho, qualquer coisa assim, o que é um raciocínio muito verdadeiro.

 A geração atual percebe que comprar casa e carro não é uma coisa indispensável, como na minha geração. Hoje as novas gerações pensam duas vezes e empatar um dinheiro absurdo numa casa, se é possível alugar e pegar o dinheiro que seria usado para casa aplicar e ainda sobrar paga o aluguel para guardar. É um raciocínio muito interessante. Carro é um dos gastos mais sem sentido hoje em dia para quem vive em cidade grande, na verdade em grandes cidades não precisa nem carro, temos os transportes públicos e Uber.  Quem está mais afastado e precisa de carro para as coisas mais básicas é outra conversa.

 Fui criado com a ideia de que ninguém morre de trabalhar, só que as pessoas morrem de trabalhar, é uma mentira que foi vendida para minha geração, quando nem tempo para comer se tem, você come o que tiver, e vai engordando e sua diabetes, colesterol, triglicérides e tantas outras coisas entram em colapso levando alguém a morte.

Você já percebeu uma coisa óbvia, não adianta você perder a saúde para ganhar dinheiro e depois ter que gastar todo dinheiro para cuidar da saúde, é sem sentido. Fora que a commodity que nós temos mais importante, hoje usando a linguagem do marketing digital, não tem nada que vale mais do que o seu tempo. Empresas como o Google nos dão tempo, coisas de demorávamos 3 horas pra pesquisar, agora fazemos em segundos, isso nos permite mais tempo.

 Eu fiquei muito surpreso com o resultado da enquete, praticamente o dobro em favor de uma vida mais tranquila, ou seja, as pessoas preferem não ganhar tanto, mas ter uma vida mais equilibrada, poder se dedicar à família, poder fazer outras coisas, seus hobbies, poder fechar a loja 6 horas da tarde, dar atenção para filhos, dá atenção para quem está com a gente, para os nossos pais, isso é fundamental e está dentro do conceito de felicidade.

 Não soubemos colocar limite, temos que aprender a colocar limites, porque o cliente não tem noção, então, ou estabelecemos um limite ou não conte com o bom senso do cliente.

Todas essas estratégias que começamos a visualizar, que eu estou desenhando para vocês, são estratégias que passam por isso, temos que adquirir uma estabilidade financeira, não precisa ficar rico, mas que garanta um conforto nas nossas relações, afinal, se a gente trabalha tanto a gente trabalha para ter uma vida pessoal para cuidar melhor dos nossos filhos, para dar conforto para os nossos pais, se eles não tiverem uma boa condição conforto, até para nossa aposentadoria.

 Até para se aprimorar na profissão precisamos abrir tempo, porque o tempo não voa, ele decola na velocidade da luz.

 Quando eu falo em afiar o machado em dezembro é isso, ter tempo para cuidar da gente, cuidar dos nossos com tranquilidade.

 Não adianta você aprender a fazer prospecção ativa, não adianta você ampliar a sua carteira de clientes, não adianta você comunicar na sua rede social e distribuir pro avatar que você estabeleceu, não adianta ter a agenda lotada para multiplicar um inferno que é a vida da gente com alguns clientes. Definir um avatar para os clientes do escritório, que não nos deixe maluco.

Então, definir o avatar, que é a nossa conversa de hoje, passa por isso: O cliente que eu quero! Quero o cliente que eu defina dentro do meu perfil para não ser um pesadelo. Esse processo de definição do avatar também pressupõe que a gente consiga dar conta e rapidamente delegue funções.

 A partir de segunda-feira, vou começar a falar de verdade de marketing digital, colocar a mão na massa em rede social, impulsionamento, definição de avatar. A primeira coisa que eu sugerir que você faça é que entre num site, eu vou te dizer direitinho como que isso funciona, em que toda a parte técnica é contratada de forma terceirizada nesse site.

Temos que planejar para não ficar fazendo o site, para não ter que fazer banner, que são as imagens de divulgação em rede social, temos que planejar não fazer o tráfego, temos que planejar para ter contador parceiro, para o contador fazer o planilhamento de tudo. Advogado não tem e nem deve planilhar, isso daí é um escritório de contabilidade parceiro, que tem muito mais competência para fazer.

 Para quem está chegando dessa nessa live como a primeira da semana, as lives anteriores então no meu perfil do Instagram, vou postar isso também nas outras redes e devagarzinho vou colocando as lives anteriores.

Hoje a nossa conversa é sobre avatar e perfil de cliente, de advogar contra o Estado, em momentos de crise econômica o direito privado encolhe e o direito público expande, na mesma medida em que o dinheiro desaparece da iniciativa privada, por causa de crise, já não tem mais empregado querendo entrar com ação trabalhista, porque não tem dinheiro para pagar advogado, já não tem tanto empresário com o dinheiro, porque muitos estão fechando para contratar advogado, mesmo em causa de direito civil, as pessoas estão sem dinheiro.

 As crises fazem o direito privado na advocacia encolher, mas é a mesma crise que faz o direito público expandir, porque o Estado é o campeão da arbitrariedade em momentos de crise, porque ele tem que aumentar a receita, diminuir a despesa real, aumentar a receita sacrificando contribuinte, atropelando garantias, diminui as despesas atropelando servidores públicos e benefícios de servidores.

 Aí está o eixo das oportunidades fundamentais das quais eu vou conversar com você ao longo desse mês.

Abra uma frente no seu escritório para advogar contra o Estado, porque você vai abrir essa frente e isso vai oxigenar a finança do escritório, porque tem muito caso e oxigenando a finança do escritório você vai poder nichar, pegar uma área dessa que às vezes vai ser até de direito público mesmo, pegar uma área dessa e focar nessa área, depois subnichar até encontrar o nosso oceano azul, que é o mercado sem concorrentes.

Em São Paulo, por exemplo, quem atende servidor público está nichado no servidor, são os grandes escritórios, os tubarões da advocacia. Subnichado, por exemplo, faz só professores, já tem bem menos concorrência, é servidor público mais está no subnicho de professor. Agora, quem atende professor da rede pública Municipal de São Paulo como subnicho do subnicho, esse, por enquanto, em São Paulo, está sem concorrência.

 isso é uma arte, você estando no generalismo, que é atender mais de uma área, para nichar, você tem que saber captar clientes novos nesse nicho e “demitindo” os clientes que estão fora do nicho, sempre com o equilíbrio no caixa, entrou o dinheiro de cliente nichado eu pego equivalente em termos de clientes, aquele recurso que entrou, passo para escritórios parceiros e cobro pelo encaminhamento.

Tem a hora certa de nichar, subnichar, se estou atendendo direito administrativo e eu vou para o subnicho de servidor, não posso fazer da noite para o dia. sair dispensando meus clientes de licitação, de contratos, de infraestrutura ou de qualquer outra coisa, porque eu vou ter um uma queda remuneratória que vai inviabilizar minha advocacia.

 Então, eu faço o mesmo processo, divulgo o conteúdo nas redes, funcionando dentro das regras da OAB, sem correr nenhum tipo de risco. Divulgo para o avatar, sobre o qual a gente vai conversar hoje, às redes sociais vão entregar nossos conteúdos só para esse avatar que definimos com base nas premissas sobre as quais a gente vem conversando e pra isso precisamos ter estratégia, para fazer cada uma dessas coisas.

 A semana que vem inteira será dedicada a marketing jurídico, divulgação de conteúdo para prospecção de cliente. Daqui 15 dias será a semana “mão na massa”, como usar todas essas informações de marketing, de conceitos gerais, avatar, prospecção ativa e passiva para oferecer soluções ao nosso cliente.

 Lembre-se, advogado tem que ter produto, você não pode ser uma loja vazia, o cliente senta para fazer uma reunião e não tem solução para o problema dela.

Do dia 21 até o dia 30, parando nos finais de semana e dias 24 e 25, vamos falar de oportunidades em Direito Público, quais são os filés do mercado de direito público hoje.

Vamos falar sobre definição de avatar!

Para quem pegou o “bonde andando”: O que que é um avatar? Avatar é o perfil ideal do nosso cliente!

E por que eu preciso ter um perfil ideal de um cliente? Porque é esse indivíduo que vai pautar o meu conteúdo de divulgação na rede social para fazer prospecção ativa, é cliente que você já tem e que você queria que ele fosse 100 clientes, 200 clientes iguais, que tem uma condição financeira para pagar honorário, que não é caloteiro, um indivíduo que está no nicho em expansão.

Temos que combinar a ideia de um cliente ideal e mandar conteúdo para ele, e as redes sociais permitem impulsionamento de conteúdo para esse perfil.

Quais são as premissas para definição do avatar? Qual o perfil de um cliente ideal? Primeiro, prospecção ativa, ter a consciência que não adianta mais ficar sentado no escritório esperando o telefone tocar, esperando a campainha tocar, não existe. Quem espera o cliente nos achar vai demorar, é um projeto de médio prazo, de longo prazo, eu que sempre fiz prospecção passiva, demorei uns 20 anos para me estabilizar, esperando o primeiro cliente ligar, depois eu atendo esse cliente, aí ele indica para um amigo dele quando a gente já ganhou ação, o amigo vem, depois tem dois amigos, cinco anos depois eu consigo quarto, é um projeto de médio e longo prazo, mas, às vezes, a pessoa não quer isso, esperar 10,15 anos até atingir uma carteira legal por prospecção passiva, queremos resolver rápido e a prospecção ativa vai impulsiona conteúdo para o cliente.

Na prospecção ativa, o cliente nos encontra, por que apresentamos o conteúdo, o que acontece, na verdade, é que nós achamos o cliente, não é oferecendo serviço, não é prometendo resultado, porque esses são pilares de condutas proibidas pela OAB, não podemos correr risco de tomar um processo ético no tribunal de ética da OAB.

A ideia é que nós temos que procurar o cliente, como que a gente faz para começar nessa prospecção ativa? Temos que ter conteúdo na rede social, profissionalismo, temos que aprender a se associar com gente que sabe que está fazendo na área, que não é a nossa área de conhecimento, entregue na mão de alguém que saiba fazer e você não vai ocupar o seu tempo, vai ser melhor dinheiro gasto no mundo, é super barato, ao contrário do que as pessoas acham.

 Eu vou te ensinar a delegar rede social, a delegar criação de blog, a delegar a criação de imagem, delegar criação de texto, se for o caso, ou, pelo menos, a conversão do texto numa linguagem acessível, porque não estamos falando para advogado, estamos falando para o cliente e o cliente precisa ter a nossa linguagem decodificado (pegar uma linguagem de nicho e transformar numa linguagem para o avatar).

 Lembra, o conteúdo que você publica vai atrair exatamente pessoas interessadas naquilo. Quando a gente põe banner de humor, vamos atrair gente que quer dar risada. Temos que atrair avatar, prospecto.

 A vida não é só o Direito, mas temos que tratar o nosso escritório, nossa profissão como um negócio.

Então, marketing de conteúdo tem que ser focado no avatar, rede social para negócios, separar o perfil pessoal do profissional. Temos que produzir conteúdo útil para solucionar problemas.

Quem quer ouvir a diferença entre anulação e revogação do ato administrativo? Quem quer ouvir isso é porque está prestando OAB, quem quer tem interesse para concurso, pode estar na graduação, mas preciso me dirigir ao meu avatar, eu preciso oferecer conteúdo que seja útil para o meu avatar, então, se você reparar, de cinco, seis meses para cá eu parei de colocar informação desse gênero.

 Você sabe qual foi o nuggets do meu Instagram, o vídeo curto de até 60 segundos, que teve a maior quantidade de visualizações? Foi um vídeo explicando os efeitos prodrômicos do ato administrativo. Efeito prodrômico é efeito para eliminar o efeito inicial de um ato administrativo, que não se confunde com efeito principal, por exemplo, quando o imóvel é desapropriado, o efeito principal do decreto expropriatório é estabelecer um regime especial naquele bem, para ele se incorporar ao domínio público, essa é eficácia típica no decreto expropriatório.

Só que, a partir do momento em que o decreto expropriatório é assassinado e a desapropriação caminha, o bem desapropriatório desconecta o bem das relações jurídicas anteriores, então, a desapropriação encerra contrato de locação, ela termina com direitos reais, a hipoteca, por exemplo, são efeitos prodrômicos, são efeitos colaterais, que não se confundem com eficácia principal.

 Mas aí eu te pergunto: para que serve saber isso? Qual problema do meu cliente eu soluciono sabendo a teoria do efeito prodrômico? Eu adoro a teoria do ato administrativo inexistente, é uma especulação teórica, a coisa mais linda do mundo dos três degraus a que se sujeitam ato administrativo.

 Para solução de problemas do cliente não valor nenhum. Tem valor acadêmico, didático e editorial, porque é um assunto importante, tem valor para concurso, tem valor para OAB, talvez para graduação, mais para advocacia é zero.

 Não adianta eu colocar o conteúdo que eu gosto, tem que ser um conteúdo que serve para pessoa que está dentro do meu avatar,

 Perceba uma coisa, quem me segue no Instagram e está recebendo conteúdo (se é que o Instagram está entregando), eu tenho feito perguntas nos meus stories, muitas perguntas, você acha que essas perguntas estão lá porque, por exemplo, quando eu pergunto que cursos que vocês querem que eu ministrei na minha escola, você acha que essa pergunta está lá, porque? Está lá para eu conhecer o meu avatar, a pessoa que me segue e que está interessada no meu conteúdo, ela quer que eu ensine o quê num curso, não adianta eu dar um curso de ato existentes, porque as pessoas não querem isso, não querem, eu entrego o conteúdo que as pessoas querem.

Por que que você acha que eu fiz a pergunta hoje, dinheiro versus uma vida equilibrada, se vale a pena ir atrás de uma altíssima remuneração trabalhando como louco ou se é melhor ter uma remuneração suficiente para o nosso conforto, mas trabalhando menos, tendo uma vida pessoal mais folgada. Perguntei isso para direcionar o conteúdo.

 Quando a enquete diz, com o dobro de percentual, que os meus seguidores preferem uma vida equilibrada e menos uma altíssima remuneração, vou começar a dica disso, em vez de falar como ficar milionário na advocacia sem ter uma vida pessoal.

Você vai ter que fazer isso com as suas redes sociais, ainda que você contrate alguém para fazer isso por você, do jeito que eu vou te ensinar a semana que vem, mas eu quero que você coloque essas coisas no seu radar, distribuir conteúdo para as pessoas certas.

 A ideia é produzir o conteúdo para pessoa certa. Se eu estou num momento de exame de ordem, taca-lhe nuggets, vídeo raiz de exame de ordem. Se eu estou numa fase em que a hora é do concurso público, taca-lhe CESPE, FGV, conteúdo ESAF de administrativo e tributário, vou focar em quem é o meu avatar do momento.

 Estou criando um grupo de advogado de altíssimo rendimento e alta remuneração, dentro das áreas de direito público, e o combinado é: eu ensino as grandes oportunidades de direito público ou essa pessoa ganha dinheiro e depois ela me procura para dar parecer, sustentação oral e trabalhar em grandes casos em parceria, casos de muito dinheiro mesmo. Tomada essa decisão, meu foco de conteúdo é esse.

 Eu vivo disso, o conteúdo que eu posto na internet faço com muito carinho, e sendo produzir esse conteúdo, tenho que ter um objetivo lucrativo,

Primeira prioridade, pagar as contas do escritório, não é normal escritório ficar no vermelho, pagar para trabalhar é comum, mas não é normal, temos que conseguir fazer retirada no final do mês, só depois é que vamos pensar em nichar/subnichar.

 Para definir avatar tem que saber a diferença de prospecto, lead e avatar. Quando você pensa num avatar, de nome para o perfil, se o seu avatar é predominantemente feminino, chame de Maria, Ana, Paula, se é predominantemente masculino chama de Antônio, José, dê um nome para você começar a construir essa persona, coloca a idade, isso o coração do negócio.

Quando você tiver seu avatar, não vá entregar de bandeja, é seu segredo, um segredo industrial, que você não pode contar para mais ninguém.

 Você tem que saber quais são as dificuldades que esse avatar tem, então quem vai advogar para servidor público precisa saber quais são as dificuldades que o servidor tem hoje, tem que saber as principais. O servidor público não sabe o dia de amanhã, embora ele tenha uma estabilidade financeira, aquela remuneração que é o sonho de todo mundo, aquela remuneração fixa.

 Mas até quando ele vai ter essa estabilidade, isso é um pesadelo na vida de servidor público por causa da crise, e o estado está tirando benefícios. São os medos que a pessoa tem, porque quando a pessoa tem um medo específico você tem que dar uma solução para aquele medo. A pessoa te procura por que mudou o regime de previdência, sendo que ela já tinha direito adquirido, ato jurídico perfeito ou coisa julgada em relação à manutenção do regime anterior, a pessoa entra em desespero.

Você precisa dar uma solução para isso, não é para receber o cliente, dar um abraço, prestar solidariedade, fazer um cafuné, porque a pessoa quer resolver o problema dela.

Defina um Avatar e estabelecendo todas as características que você conseguir. Mas como você vai definir isso?

Em dezembro a gente vai estabelecer essas premissas e devagar, porque não da para fazer um avatar de um dia para outro, isso demora, é um segredo industrial, o coração do seu negócio, da sua advocacia. Precisa ser um avatar desejável como cliente.

Quais são os primeiros passos para eu definir um Avatar?

Primeira coisa, você tem que fazer um diagnóstico de como que você está nas etapas de avanço profissional, dentro daquela jornada que eu disse, que não é a única jornada possível, que não é o único modo de entender, como que a profissão da advocacia caminha, mas é, pelo menos, um elemento objetivo.

 Qual cliente você recusa, essa talvez seja uma forma mais direta, até de fazer essa pergunta, que você recusa, se chegar um cliente hoje de trabalhista você pega ou não pega, se você não pegar, é possível que você já esteja nichado. O tipo de causa que você recusa vai te dar um diagnóstico, quem não recusa praticamente nada é generalista, quem recusa só de outras áreas, é porque está inchado, quem recusa outros assuntos, que não seja o principal dentro do nicho é porque já está subnichado.

 Então, faça um diagnóstico, qual categoria dessas você está, se você for generalista, eu já te disse que não dá para atender em todas as áreas da vida, pode até dar certo agora, mas no médio prazo, a tendência é que o avião aponte o bico para baixo, por razões que a gente já discutiu aqui.

Quem atende várias áreas ao mesmo tempo, começa a perder espaço em cada uma dessas áreas para quem se especializou, para quem está nichado ou subnichado, sendo um processo irreversível.

 Atender em várias áreas é um mal necessário para o início, é algo que faz sentido quando a gente precisa pagar as contas e consegui fazer retirada.

Se você já está visualizando um equilíbrio de contas, de uma retirada segura no período de 12 meses, se você olhar para trás, nos seus últimos 12 meses na advocacia, sendo generalista, você já conseguiu pagar as contas e fazer uma retirada, garantindo o mínimo de dignidade de condição de sobrevivência? Está na hora de nichar!

 Agora você olha para uma das áreas que você atende ou abre uma nova frente no escritório, de uma área que esteja em expansão, olhe para isso e pensa: em qual dessas eu tenho mais oportunidade de ampliação e que seja uma coisa que eu tolere fazer? Aí sim, você começa a produzir conteúdo para essa pessoa.

Os primeiros dados do avatar são muito simples. Se eu estiver querendo mudar para administrativo, vou subnichar administrativo; como eu vou começar a definir meu avatar em função disso, terá empresas que participam de licitação, vou mandar conteúdo para esse tipo específico, vou atender servidor, etc.

Depois disso, já sei que o meu avatar é uma pessoa física, por exemplo, vai ser João, vai ser Maria, não vai ser empresa xyz ou vai ser a empresa xyz e não uma pessoa física.

Um outro elemento do nosso avatar é muito básico, um elemento geográfico, ele precisar estar no seu alcance, ou no seu município, ou na sua região, mas, a não ser que você tem um braço do escritório em outro lugar, não pode pegar um avatar que seja de outro estado.

 A definição do gênero você consegue a partir da pesquisa, de quem já foi chegando de cliente novo por impulsionamento, quem meu conteúdo está atraindo, quem que está fechando negócio, é mais homem ou é mais mulher, é microempresa empresa de pequeno porte, está no simples ou paga os tributos separadamente. Qual que é a faixa remuneratória, qual que é a área de atuação dessa empresa.

Faz um levantamento, defina qual é o elemento de gênero, qual é a área de atuação da empresa. Pense no seu avatar como uma pessoa de carne e osso, como uma empresa que tem uma sede física, como algo que existe no mundo fenomênico, de nome para empresa, diga quanto tempo essa empresa atua, qual é o mercado em que atua, onde que ela está sediada Se for pessoa física, qual que é a idade dessa pessoa, qual é a faixa remuneratória, onde que ela mora, quantos filhos tem, como que é a rotina dela, quais são os medos, quais são os sonhos.

 Assim, você vai desenhando o seu avatar!

 Mazza, meu avatar não é ninguém para quem advogue hoje, eu não tenho tranquilidade financeira e emocional para lidar com nenhum dos meus clientes?!

Você precisará atender em outra área, abrir uma nova frente no escritório, buscar um avatar que você não tem ainda.

Mazza, não tenho nenhum, eu detesto todos os meus clientes, nunca vou confessar isso, mas do fundo do meu coração, eu só estou ali por dinheiro mesmo.

Então você precisa atender uma outra frente, buscar um avatar que, no mínimo, torna sua vida profissional tolerável. Você não precisa ter um amor incondicional pelo direito, não precisa chegar nesse estágio, mas tem que tolerar o que você faz.

Se passou um tempo, você foi generalista, tentou nichar/subnichar e não se encontrou em nenhuma dessas áreas, abrindo outras frentes no escritório, você precisa escolher outra coisa para fazer. Vai prestar um concurso, muita gente procura estabilidade, mas vai ter pressão, porque não é fácil ser servidor, só tem redução de perspectiva remuneratória, você é demonizado na sociedade, porque a mídia fica vendendo que o servidor público é um vagabundo.

 No caso de direito público, não temos que ter pena do Estado, não tenha pena do fisco, não tem pena da administração pública. Temos que ter pena do contribuinte, servidor, dos outros clientes.

O fisco, a administração não precisam da nossa peninha, veja quem advoga para o fisco e para a administração pública, já te falei, é a nata, da nata, da nata do direito, são pessoas que passaram em concursos impossíveis, procuradoria da Fazenda Nacional, procuradoria do estado, procuradoria do município.

 A advocacia em direito público recupera muita daquela sensação que nos levou a faculdade de direito, de ajudar os outros, também, porque isso sim faz parte, faz bem para a gente, além de ter uma remuneração legal, uma remuneração digna, você sente que está fazendo o bem, que as pessoas que você está ajudando, o cliente, é uma sensação boa.

Amanhã falaremos das vantagens de advogar contra o Estado, nesse projeto advocacia 707, sempre começando às 7:07, por isso advocacia 707, 19:07 horário de Brasília.

Então é isso, um abraço e até a próxima!

Live transmitida em 03/12 no projeto #advocacia707